Os metais preciosos representam a única moeda segura durante períodos de instabilidade nos mercados e oferecem uma solução segura como investimento.
O investimento em metais preciosos está começando a chamar à atenção. Está se tornando reconhecido como um investimento alternativo ao nível de outras categorias, ajudando na diversificação dos portfólios.
O preço das ações das empresas de mineiração do ouro e da prata, tem aumentado consecutivamente nos últimos três anos.[1]
Os principais motivos por detrás desta subida são o estimulo monetário por parte dos bancos centrais que imprimem cada vez mais dinheiro com maior velocidade, a falta de oferta, a maioria dos grandes depositos de metais estão já a ser explorados e escasseiam novas descobertas e o excesso de procura, que é superior á oferta disponivel. O preço futuro de qualquer produto, neste caso os metais preciosos é em último caso afectado por um só factor dominante – a sua procura física ou sua oferta fisica. Como ensina a teoria económica, se a procura excede a oferta os preços sobem.
Há mais de uma década que o ouro e a prata têm apresentado déficits na oferta. Estes déficits têm sido compensados pelas vendas das reservas de ouro por parte dos Bancos Centrais, que impediram uma asfixa da oferta. A grande maioria dos governos ocidentais consideraram o ouro um producto de baixa rentabilidade e têm estado a desfazer-se das suas reservas ao longo da última década. Sem esta oferta, há muito que os preços haveriam subido. Os cofres dos bancos centrais estão agora meio vazios. No caso da prata, não houve um ano nos últimos 25 anos em que a produção das minas fosse capaz de satisfazer a procura. No início da segunda GGM, só os Estados Unidos tinham uma reserva de cerca de 25 onças por homem, mulher e criança. Essas reservas de prata praticamente desapareceram hoje. A maioria das reservas de prata de fácil acesso acima do solo, foram consumidas durante os últimos 50 anos. O mercado da prata está muito dependente da oferta secundária que vem principalmente de filme ou fotografia reciclada.
As ações do ouro e da prata, alavancando os ganhos dos metais, têm proporcionado enormes retornos aos seus investidores.
Para entender melhor a alavancagem do preço dos metais sobre as acções mineiras de ouro e prata, vejamos um caso prático. Por exemplo a empresa imaginária OuroDourado produz ouro com um custo de $300, se o preço do ouro for de $330, a empresa tem um lucro de $30. Suponhamos que o preço do ouro sobe para os $380, mantendo-se o custo constante, a OuroDourado passa a ganhar $80 por onça. Ou seja um aumento do preço do ouro de aproximadamente 15%, leva a que os lucros da OuroDourado tenham um acréscimo de 166.7%.
Grandes investidores acumulam Prata
Quem se está a posicionar neste metal é um conjunto de investidores de altíssimo perfil internacional com reputações de estrelas topo, que fizeram fortunas por estarem à frente da multidão, por serem astutos e por detectarem oportunidades, apostarem forte e ganharem.
Desde há poucos anos, aproveitando os preços nominais mais baixos das duas ultimas décadas e meia, e os preços ajustados à inflação mais baixos em quase 100 anos, Warren Buffet, George Soros (e seu irmão Paul), Bill Gates, Tish e outros grandes investidores -incluindo alguns sheiks de petróleo do Médio Oriente – têm silenciosamente acumulado posições na prata ou em ações de empresas de mineiração de prata. Eles têm estado a comprar porque reconhecem a enorme subvalorização da prata e o seu potencial.
Em 1997 Warren Buffet silenciosamente acumulou o que se acreditava na altura ser um terço das reservas disponíveis de prata acima do solo, comprando 130 milhões de onças por cerca de $650 milhões. Quando as aquisições foram conhecidas publicamente em Fevereiro de 1998, o preço da prata deu um salto temporário de 25%.
Os depósitos de ouro e prata descobertos durante a última década não chegam para cobrir a substituição futura de reservas para as grandes empresas mineiras. Há muito poucos depósitos destes metais que estejam em produção, em fase de avaliação ou mesmo em exploração. Mesmo que o preço do ouro e da prata subam de uma maneira dramática, para que iniciar produção em novas minas são necessários entre 5 e 7 anos. É preciso ter em conta que as minas são muito intensivas em custos e energia. As empresas mineiras não vão reagir com rapidez a um aumento súbito do preço, nem o poderiam fazer mesmo que quisessem. Este é um factor muito positivo.
Outro aspecto importante para entender como é que a situação de défice da oferta em relação à procura se mantém há mais de uma década e o preço do ouro e da prata não dispararam, é necessário conhecer o seu outro mercado.
Para além do mercado físico destes metais há ainda outro, o mercado de futuros, que é o mercado mais liquido (como para todas as mercadorias). Pode-se entrar e sair de um contrato de futuros em segundos. Isto dá liquidez ao mercado.
O mercado de ouro e prata é controlado pelas quantidades de contratos de futuros vendidos na Bolsa de Futuros. Esta condição não poderá manter-se para sempre, porque de ano para ano a disponibilidade fisica de prata diminui. Em algum momento este facto vai ser reconhecido pelo mercado e o preço irá subir substancialmente.
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