Ao menos 35.928 pessoas, de 76 países, já contraíram gripe suína --como é chamada a gripe A (H1N1)--, segundo balanço divulgado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) nesta segunda-feira. Em 163 casos, os pacientes morreram.
Na última quinta-feira (11), a organização anunciou que a doença atingiu o nível de pandemia (epidemia generalizada). O termo tem relação apenas com a ampla distribuição geográfica da gripe suína, considerada uma doença "moderada".
A decisão de passar do nível 5 para o atual nível 6, o máximo na escala de alerta de pandemias, foi tomada depois que o número de casos aumentou nos Estados Unidos, na Europa, na América do Sul e em outras regiões.
Os EUA continuam sendo o país com o maior número de casos --17.855, com 45 mortes. No país, o número de infectados não para de crescer. Desde o último balanço, divulgado na sexta-feira (12), foram registrados 4.638 novos casos e 18 mortes.
No México, considerado o epicentro da gripe suína, não houve novos contágios nos últimos dois dias. O país já registrou 6.241 casos e 108 mortes.
No Canadá, 2.978 casos foram confirmados; quatro pessoas morreram. A Austrália registrou 221 novos casos nos últimos dois dias, elevando o total de infectados para 1.823. Ambos os países não registraram mortes causadas pela gripe suína.
O Chile, onde duas pessoas morreram por causa da doença, confirmou até agora 1.694 casos. No Reino Unido houve 404 confirmações desde sexta-feira. O total de infectados no país chegou a 1.226.
Costa Rica, República Dominicana, Guatemala e Colômbia relataram, cada um, uma morte causada pela gripe suína.
No Brasil, o Ministério da Saúde informou neste domingo que foram confirmados 11 novos casos. O Brasil soma 54 casos da nova gripe, segundo a OMS. O governo, contudo, já registra 69 casos da doença.
Os demais países com casos de gripe suína são Japão (605), Espanha (488), Argentina (343), China (318), Panamá (272), Alemanha (170), Guatemala (119), Israel (117), costa Rica (104), el Salvador (95), República Dominicana (93), Peru (91), Honduras (89), Nova Zelândia (86), Equador (80), França (80), Filipinas (77), Itália (67), Coreia do Sul (65), Holanda (61), Nicarágua (56), Cingapura (47), Colômbia (42), Uruguai (36), Suécia (32), Tailândia (29), Paraguai (25), Venezuela (25), Vietnã (25), Suíça (22), Grécia (19), Egito (18), Kuait (18), Bélgica (17), Índia (16), Noruega (13), Romênia (13), Dinamarca (12), Irlanda (12), Jamaica (11), Arábia Saudita (11), Turquia (10), Líbano (8), Áustria (7), Bolívia (7), Polônia (7), Cuba (6), Malásia (5), Trinidad e Tobago (5), República Tcheca (4), Estônia (4), Finlândia (4), Hungria (4), Islândia (4), Barbados (3), Portugal (3), Eslováquia (3), Bulgária (2), Ilhas Cayman (2), Cisjordânia e faixa de Gaza (2), Bahamas (1), Bahrein (1), Chipre (1), Dominica (1), Marrocos (1), Ucrânia (1), Emirados Árabes (1).
Vacina
O laboratório Novartis afirmou nesta segunda-feira que rejeitará o pedido da OMS (Organização Mundial de Saúde) e não vai distribuir gratuitamente aos países mais pobres a vacina que produziu para combater a gripe suína, denominada oficialmente gripe A (H1N1). A nova gripe levou a organização a declarar pandemia na quinta-feira passada (11) com 29.669 casos confirmados, incluindo 145 mortes.
A declaração foi feita por Daniel Vasella, conselheiro do laboratório, ao jornal 'Financial Times'. Segundo Vasella, o grupo suíço poderia estudar a possibilidade de reduzir o custo das vacinas para estes países, mas não está disposto a entregar o remédio sem custo algum.
As palavras do empresário suíço supõe a rejeição, segundo o jornal, do pedido da diretora-geral da OMS, Margaret Chan, que pediu solidariedade das empresas farmacêuticas ao anunciar que a gripe havia atingido caráter de pandemia.
Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
Com Efe e France Press
fonte http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u581180.shtml
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