O contínuo avanço da gripe suína --a gripe A (H1N1)-- no Reino Unido, Espanha, Japão, Chile e Austrália deixaram o mundo mais próximo de uma pandemia (epidemia generalizada), disse Keiji Fukuda, o diretor-assistente da OMS (Organização Mundial de Saúde), nesta terça-feira. Segundo Fukuda, a OMS está próxima de elevar o grau de alerta mundial para a doença do atual grau 5 para o 6, último na escala da entidade.

Conforme um balanço da OMS, atualmente, há 18.965 casos confirmados da doença, dos quais 117 acabaram em morte, em 64 países. A maioria dos casos --e das mortes-- segue concentrada na América do Norte. No Brasil, conforme o Ministério da Saúde, há 21 casos confirmados e nenhuma morte.

"Há diversos países que parecem estar em uma transição de casos ligados a viagens para tipos de contágio mais estabelecidos. [...] Estão em transição, mas ainda não chegaram lá. Por isso, ainda não estamos no grau 6", disse Fukuda. O grau 5 foi declarado no último dia 29 de abril e, para a OMS, indica que a pandemia é "iminente".

Segundo o diretor-assistente da OMS, a situação agora é considerada "moderada", ao invés de "fraca", pois continua incerta a periculosidade do vírus --embora a maior parte dos casos seja leve e não exija internação, algumas infecções foram severas.

"O fato dos casos sérios e fatais se dividirem entre pessoas com problemas crônicos, mas também adultos que antes eram saudáveis, nos faz duvidar de que a situação seja 'leve'."

Sintomas

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).

Com Reuters e Associated Press

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